Ainda estou impressionado. Circulo de Fogo sintetiza tudo o que aprecio nos clássicos filmes japoneses de monstros e nas animações de robôs, e soma isso a uma produção impecável, trilha sonora épica e inclusive excelentes atuações. Agora multiplique isso ao tamanha de um arranha-céu, e começarão a entender as minhas impressões dessa magnífica película dirigida por Guillermo Del Toro.
Saído de uma fenda no Pacífico, uma fera gigante ataca São Francisco. Depois de muito esforço para abater um único monstro, a humanidade é surpreendida por uma nova onde de ataque por criaturas semelhantes a primeira, e tornou-se necessário criar armas mas efetivas que os exércitos tradicionais. Assim nasceu o programa Jaeger, que consistia em imensos robôs gigantes controlados simultaneamente por dois pilotos, e que unindo-se de corpo e alma a suas máquinas conseguiram causar um revés na batalha. Agora já denominados Kaijus, os monstros começaram a ser destruídos um atrás do outro, e em dado momento a população terrestre começava a se habituar aos embates e a vida voltava ao normal…até que uma nova leva de monstros ainda maiores e mais inteligentes começou a destruir os Jaegers um a um, fazendo os lideres mundiais perderem a fé em seus guerreiros.
Grandes muralhas começam a ser construídas e a humanidade desiste de enfrentar de os monstros de frente, preferindo focar seus recursos em abrigos e assim fazendo muitas nações cortarem os orçamentos do programa Jaeger. Mas tudo cai por terra quando um Kaiju derruba facilmente uma das muralhas, jogando novamente o futuro dos homens nas mãos dos poucos Jaegers que sobraram. E assim começaria a batalha final contra os invasores.
Sei que ao pensar em “monstros x robôs gigantes”, automaticamente acredita-se estar indo ao cinema ver dois homens com roupas de borracha lutando no meio de uma maquete de Tóquio. Mas foi produzindo o filme com muito cuidado e preciosismo que Guillermo del Toro conseguiu dar credibilidade a todo esse material, de maneira a tornar crível a decisão da humanidade em enfrentar os Kaijus com robôs gigantes, que graficamente ficaram perfeitos e com design muito bem elaborado, mas não tão complexo a ponto de ficar confuso, como Transformers por exemplo. A forma de controle dos Jaegers sustenta a sensação de realismo que temos ao vê-los em ação, pois não são simplesmente heróis gigantes lutando e voando por aí, mas enormes aparatos de guerra que necessitam de centenas de pessoas trabalhando pra mantê-las em atividade.
Claro que esse é apenas um aspecto positivo do filme, que do inicio ao fim mostra combates incríveis a todo momento, tanto que uma parte em que eu acreditava ser o climax do filme (dada a magnitude do embate), era apenas o prelúdio de uma porradaria ainda mais audaciosa e não menos empolgante. Circulo de Fogo até poderia se vender apenas com isso, mas todos os personagens tem histórias interessantes e a maioria dos atores manda muito bem, com destaque para o Marechal Pentecost, vivido por Idris Elba. Ele é o líder da última frente de batalha dos homens, e também um dos melhores pilotos de Jaegers ainda vivos. A relação dele com Mako (Rinko Kikuchi) é uma das tramas mais legais do filme e uma referência a muitas produções japonesas. Aliás, na primeira vez que o Gipsy Danger utiliza uma espada, Mako diz uma das frases mais célebres da cultura pop oriental…mas deixarei essa pra vocês “pescarem”.
Circulo de Fogo é um filme que TEM de ser visto em tela grande, se possível mais de uma vez para identificar todos os detalhes ou simplesmente rever as batalhas mas épicas que o cinema já viu. E dessa vez, não foi só Tóquio que foi destruída.
Este foi o primeiro filme que me dignei a assistir em IMAX 3D, o que tornou a experiência inesquecível. E que venha a continuação sem muita demora !!!
Circulo de Fogo (Pacific Rim)
Ano: 2013
Direção: Guillermo del Toro
Elenco: Charlie Hunnam, Idris Elba, Rinko Kikushi, Charlie Day, Ron Pearlman
Duração: 132 minutos
Nota: 10
Que filme! achei os robôs bem mais realistas que os transformers. As lutas são ótimas, e os dramas dos pilotos são ótimos também! Viva a evolução tecnológica! E pensar que 20 anos atrás estávamos de boca aberta com os dinossauros de Spielberg… rsrs