M.D. Geist II: Deathforce (1996)

“Você não está qualificado para ser um heroi!”

Jerra: Uma das muitas colônias de humanos que se aventuraram no espaço para explorar o seu potencial. Entretanto, o governante supremo deste planeta não é mais humano. O Exército de máquinas da Death Force, são armas do “apocalipse” que vagam na terra devastada pela guerra atacando alvos humanos indiscriminadamente. Por causa destas armas que criaram, a humanidade se tornou uma criatura indefesa… esperando sua inevitável destruição.

Com essa premissa e uma sequência de ação bem agitada é “dada a partida” em M.D. Geist II. Se ainda não assistiu ou não leu a resenha do primeiro, clique aqui. Se antes, o mundo já estava caótico, as coisas aqui pioram drasticamente: é como estar no fundo do poço e cavar mais ainda. Como mostrado no final do primeiro anime, a Deathforce foi ativada pelo próprio Geist. Temos a impressão de que se passaram alguns anos. Agora, os poucos humanos que sobreviveram, vivem se escondendo dos robôs e máquinas exterminadoras, algo que lembra um pouco o filme “Screamers”.

E, quando não parece mais haver esperança para essa gente, somos apresentados a uma figura “celestial”: Krauser, uma lenda para muitos, que joga para si a responsabilidade de salvar a humanidade dos terríveis robôs da Deathforce. Ele construiu uma fortaleza no deserto, que possui uma infra-estrutura capaz de abrigar centenas ou até milhares de pessoas, além de combater estes robôs malignos.

Uma das pessoas salvas por Krauser é Vaiya e através dela descobrimos que ele é, assim como Geist, um M.D.S. (Most Dangerous Soldier), em sua dog tag está seu codinome: M.D-01 Krauser. Porém, Vaiya ficou tão traumatizada no final do primeiro anime que parece ter tentado esquecer de tudo que tinha acontecido. Ela reconhece aquela dog tag, sabe que é algo traumático, mas ainda assim não se recorda exatamente de onde a tinha visto antes. Vale lembrar que Geist é o M.D-02.

Somos apresentados também ao Dr. Breston, que aparentemente ajuda Krauser a manter seu corpo com algumas injeções e “sessões” em uma cápsula. Não vou revelar aqui, mas este Dr. faz um elo importante na história. E em seu laboratório Krauser se revela uma figura arrogante, que gosta da sensação de poder e superioridade sobre os seres humanos comuns. Mas em público, sempre quer passar a imagem de “paladino”. Krauser ainda não sabe que Geist está de volta a Jerra, pensa que ele ainda está preso no Satélite, mas só de cogitarem que é Geist que está detonando robôs da Deathforce já o deixa furioso. Ele vê em Geist, um retrocesso, um ser primitivo, não civilizado que só age com violência.

Mas não tem jeito, sabemos que estes 2 personagens (Geist e Krauser) estão em rota de colisão. Além dos frequentes robôs da Deathforce, temos Eagle, um ciborgue que segue as ordens do Dr. Breston. A Eagle, é dada a tarefa de trazer Geist para a fortaleza (na marra), Krauser quer aprisioná-lo, mas o Dr. Breston se impressiona ao ver os arquivos em vídeo do que Geist fez no Brain Pallace (mostrado no primeiro anime) e após examiná-lo, chega  a conclusão de que no calor da batalha, Geist tem um desenvolvimento e evolução espontâneos de suas células, toda essa evolução voltada sempre para o combate!

Alguns militares, aparentemente do alto comando do que sobrou do Exército Regular, descobrem que os robôs da Deathforce tem a capacidade de se auto-replicarem, produzindo uma enorme quantidade de unidades. O plano deles é juntamente com Krauser destruir a base onde se replicam, para dessa forma cortar o mal pela raiz e acabar com a Deathforce de uma vez por todas. Mas as coisas não tão fáceis, pois Geist se prepara para acertar suas contas com Krauser…

Eis aqui um exemplo de anime em que o protagonista não é o mocinho da história. Na verdade, não existe mesmo mocinho ou vilão, apenas o caos reina. Vemos um retrato da decadência humana a beira da extinção. Ainda acho que o primeiro M.D. Geist é mais marcante, mas sua continuação consegue cumprir muito bem seu papel no desfecho da história. E o final de M.D. Geist II é bem emblemático e surpreendente, recomendo que assistam!
Curiosidades:
– M.D. Geist II: Deathforce, foi lançado em 1996, exatamente 10 anos depois do primeiro. Um tempo de espera bem longo. Porém, talvez nunca tivesse havido uma continuação, pois quem financiou o projeto para o segundo anime foram os americanos que gostaram muito de M.D. Geist e acabaram bancando essa sequência. Quem abraçou a causa foi a Central Park Media que lançou M.D. Geist e muitos outros títulos em um selo chamado U.S. Manga.

– A silhueta de Geist foi adotada na logomarca do selo U.S. Manga, que mascote ein!:

Talvez no futuro, eu faça mais resenhas de animes que passaram no U.S. Manga da Rede Manchete. Espero que tenham gostado! Até a próxima!

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